Brasil.?!
Nossos preços estão entre os mais altos do mundo. Pagamos 3, 4 vezes mais por qualquer coisa. Mas o Maior problemas é outro: muita gente adora isso.
É tanta muamba que o português de shoping de vendedores da Flórida está mais afiado do que nunca. Os brasileiros são os turistas que mais compram nos EUA: US$ 4,8 mil por pessoa, à frente dos japoneses.
Nossos gastos no exterior em 2010 tinham passado de US$11 bilhões até setembro, um recorde. Agências de turismo já oferecem pacotes sem parques de diversão no roteiro, só com traslados para grandes shoppings e outlets.
Estamos virando um país de contra-bandistas. Natural. Veja no caso do iPad. Aqui, nos EUA ou na Europa ele é importado. Vem da China. Em tese, deveria custar quase igual em todos os países, já que o frete sempre dá mais ou menos a mesma coisa. Mas não. A versão basica custa R$800 nos EUA. Aqui a previsão ´de que ele saia por R$1.800. No resto do mundo desenvolvido é raro o iPad passar de R$1.000. E isso vale para qualquer coisa. Numa viagem aos EUA dá pra comprar um notebook que aqui custa R$5.500 por R$2.300. Ou um videogame de R$500 que bate em 2 mil nos supermercados daqui. E os carros, então.?! Um Corolla zero sai por R$28 mil. Reais. Aqui sai por mais de R$60 mil. Ele é tão nacional nos EUA quanto no Brasil. A Toyota fabrica carros nos dois países.
Por que tanta diferença.?! Primeiro, os impostos. Quase metade do valor de um carro (40%) vai para o governo na forma de tributos. Nos EUA são 20%. Na china também. Na Argentina 24%. O padrão se repete com outrs produtos. E haja tributo. Enquanto o padrão global é ter um imposto especifico para o consumo, aqui são 6 - IPI, ICMS, ISS Cide, IOF, Cofins. Ufa. Essa confusão abre alas para uma sandice que outros países evitam: a cobrança de impostos cascata. O ICMS, por exemplo, incide sobre o Cofins e o PIS. Ou seja: você paga imposto sobre imposto que já tinha sido pago lá atrás. Tudo fica mais caro. E quando você soma isso ao fato de que não, não somos um país rico, o vexame é maior ainda.
Levando em conta salario medio nas metropoles e o preço das coisas, um sujeito de Nova York precisa trabalhar 9 horas para comprar um iPod Nano (R$256 lá). Nas maiores capitais do Brasil, um Nano vale 7 dias de trabalho do cidadão medio (R$549).
A bagunça tributaria no Brasil não é novidade. A diferença é que os efeitos dela ficam mais claros agora, já que existem mais produtos globalizados (Corolla, iPad...) e o real valorizado aumenta o nosso poder de compra lá fora (quando nossa moeda não valia nada, antes de 1994, era como se vivêssemos em outra galaxia - não dava para fazer comparações).
Outra razão impostante para a disparada de preços é a busca por status. Mercado de luxo existe desde o Egito antigo. Mas no nosso caso virou aberração. Tênis e roupas de marcas populares lá fora são artigos finos nos shoppimgs daqui, já que a mesma calça que custa R$150 lá fora sai por R$600 no Brasil. O Smart é um carrinho de molecada na Europa, um popular. Aqui virou um Rolex motorizado - um jeito de mostrar que você tem R$60 mil sobrando, O ironico é que o preço alto vira uma razão para consumir a coisa. Às vezes, a unica razão. Como realmente estamos ficando mais ricos (a rnda per capita crsceu 20% acima da inflação no ultimos 10 anos), a demanda por produtos de preços irreais continua forte. Os lucros que o comercio tem com eles também. E as compras lá fora idem.
Os resultados mais sombrio disso é que os economistas chamam de doença holandesa:: o país enriquece vendendo materia-prima e dixa de fabricar itens sofisticados - importa tudo (ou vi passar o feriado em Miami e volta carregado). Por isso mesmo o governo reclama da dsvalorização excessiva do dolar do euro, que deixa tudo ainda mais barato lá fora. Aí não há industria que aguente.
Mas tm outro lado aí. "É interessant ver que parte da industria importa bens intermediarios, que são usados para fazer outros produtos. E agora eles serão mais baratos. Então o cambio apreciado pode ser bom", diz o economista Carlos Eduardo Gonçalves, da USP.
O governo também tem agido contra o mal cambio. Em agosto cortou varias taxas de maquinas industriais e zerou os impostos para fabricação de aviões . Outros 116 bens da industria de autopeças que não têm similar nacional tiveram seu imposto de importação praticamente zerado. Já é um começo. Esperamos que , em breve passar 9 horas num avião para comprar um laptop possa deixar de fazer sentido. Porque é bizonho.
Super Interessante
Ed. 285 - DEZ/2010
E é isso aê...
Putz, tem erro de portugues pra caraleo.. iashiuAH..
ResponderExcluirNem liguem.. tava com sono.!
¬¬'
Mto boa a matéria.
ResponderExcluirMinha maior indignação. Preços altos.. ¬¬'
Os preços das coisas atualmente realmente Não dá.
Vou continuar não pagando o q não acho justo, independente do meu maior salário q tiver. hsauihsshuia
Uma vez li a frase: Brasil país rico, povo pobre.
Fogo. ¬¬'